Arquivo em Outubro 6, 2016

Condropatia Patelar

A Condropatia Patelar, também conhecida como Condromalácia, é um mal que afeta os joelhos de milhares de pacientes, sejam estes praticantes de esportes ou não.
O problema consiste em alteração (desgaste ou fissuras) na cartilagem que reveste internamente a patela (ou rótula). Entre as causas mais frequentes, estão os desequilíbrios funcionais da musculatura que envolve e comanda o funcionamento do joelho. Outras causas como, uso frequente de sapatos de salto alto, prática de atividade físicas de alto impacto, sequela de traumatismos do joelho, doenças reumáticas, também desempenham papel importante no surgimento da Condropatia Patelar.
Sendo assim, não existe um único tipo de tratamento que possa ser aplicado a qualquer caso de Condropatia Patelar. O papel do médico ortopedista é identificar os possíveis fatores causadores do problema e atuar sobre eles.
Em geral, o tratamento inicial consiste em sessões de fisioterapia, uso de medicações analgésicas e/ou anti-inflamatórias e modificação (temporária ou definitiva) ou adaptação das atividades diárias e atividades físicas praticadas pelo paciente.
O importante é a conscientização a respeito da doença. As lesões de cartilagem, em geral, não possuem uma cura definitiva. Sendo assim, as atividades de fortalecimento preventivo e medidas para evitar a piora das lesões devem fazer parte da rotina dos pacientes.
O papel das medicações condroprotetoras (protetoras da cartilagem) como a Glicosamina e a Condroitina ainda é controverso. Mas, é fato que há pacientes que se beneficiam do uso destas, referindo melhora importante dos sintomas.
Para os casos de tratamento mais difícil, com sintomas intensos e recorrentes, as aplicações intra-articulares de Ácido Hialurônico são uma excelente opção para a maioria dos pacientes.
Para agendar uma consulta, ligue: (11) 2165-2384 ou 96307-5857
Acesse também www.drandredonato.com.br
Para falar com o Dr. André Donato: dr.andredonato@gmail.com
Obs: Não respondemos a pedidos de orçamentos de cirurgia por e-mail.

Epicondilite Lateral do Cotovelo

A epicondilite lateral, também conhecida como “tennis elbow” ou “cotovelo do tenista”, é a inflamação (com ou sem degeneração e/ou ruptura) que afeta a origem comum dos tendões extensores do antebraço, ao nível do cotovelo. Na prática, o quadro é de dor na região lateral do cotovelo que inicialmente é leve e presente somente aos esforços e que evolui com piora progressiva quando não tratada, sendo que nos casos mais graves, pode se manifestar mesmo ao repouso.
É muito comum entre os praticantes de tênis, particularmente entre os atletas amadores, que muitas vezes realizam gesto técnico incorreto, repetidas vezes, durante os treinamentos. Porém, a epicondilite não é problema exclusivo dos atletas. Pode acometer trabalhadores braçais, donas de casa ou pessoas que utilizam computadores e digitam com muita frequência. O quadro pode se tornar crônico e de difícil tratamento quando não abordado em tempo adequado.

O Tratamento

Inicialmente é necessário o repouso para as atividades com o braço doente (nos casos de dor muito intensa pode-se realizar um período de imobilização), o uso de medicação anti-inflamatória e o tratamento fisioterápico. A fisioterapia objetiva a melhora do processo inflamatório e redução da dor, seguido de um programa de alongamentos e fortalecimento da musculatura extensora do antebraço. A infiltração local com corticóide é controversa pois, apesar de mostrar bons resultados, enfrequece o tendão infiltrado, podendo ocasionar rupturas futuras. Atualmente um novo método de tratamento tem se mostrado promissor nos casos onde há falha do tratamento fisioterápico. Este método é a aplicação do ácido hialurônico diretamente sobre a lesão.
Quando todos os métodos descritos acima falharam, o tratamento cirúrgico provavelmente estará indicado.

Prevenção

A melhor forma de prevenção, principalmente nos atletas amadores, está no aperfeiçoamento dos fundamentos do esporte, com cuidado especial para o golpe de “backhand”, que gera a contração excêntrica dos extensores do punho. Outro fator importante na prevenção é o uso da raquete ideal, que deve ser mais maleável e com uma cabeça maior. A tensão aplicada às cordas da raquete não deve ser maior do que 60 libras pois, quanto maior a tensão, maior será a vibração transferida para o cotovelo,
levando à lesão do tendão do músculo extensor radial curto do carpo, responsável pela epicondilite lateral. Um outro detalhe importante para todos os esportes de raquete é a empunhadura (grip) adequada, pois existem tamanhos diferentes, e o atleta deve escolher o tamanho mais confortável para seu uso.
Vale lembrar que os “braces” (imobilizadores) podem ajudar na prevenção da epicondilite lateral mas, se o atleta não tiver uma técnica correta, o imobilizador pode mascarar os sintomas, agravando a lesão.
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Artrodese do Tornozelo

Decidi escrever este artigo depois de receber muitos e-mails de pacientes com indicação médica para realizar uma artrodese do tornozelo e bastante apreensivos quanto às possíveis consequências da perda completa dos movimentos no tornozelo. Antes de discutirmos a artrodese do tornozelo, suas indicações e consequências para a função do pé e do tornozelo, devemos definir o que é uma artrodese.
Artrodese é um tipo de cirurgia que indicada para tratamento da Osteoartrose (desgaste articular) grave e incapacitante. A cirurgia consiste em realizar uma fusão completa entre dois ou mais osso vizinhos e eliminar o movimento entre eles. Assim, a articulação doente deixa de existir e a dor, causada pelo seu movimento, desaparece. É um recurso bastante utilizado pelos cirurgiões de pé e tornozelo no tratamento do desgaste das pequenas articulações do pé e também do tornozelo.
A artrodese do tornozelo é uma cirurgia utilizada como último recurso de tratamento para as dores incapacitantes decorrentes do desgaste da articulação (Osteoartrose do tornozelo). Ela consiste em realizar a fusão completa entre o tálus (osso do pé) e a tíbia (osso da perna), eliminando assim os movimentos de flexão e extensão do tornozelo.

Rx do tornozelo com artrose

Raio-X do tornozelo após a artrodese

Então quais as consequências desta perda de movimento?
Isso vai depender de alguns fatores. As artrodeses isoladas do tornozelo, ou seja, que não envolvem outras articulações vizinhas, costumam ser bem menos incapacitantes do que o imaginado. Isso porque, parte da flexão e extensão é realizada pelo pé, e não somente pelo tornozelo. Assim, podemos dizer que, se as articulações do pé estiverem totalmente preservadas, o paciente ainda permanece com aproximadamente 30% da capacidade de movimentar o pé para cima e para baixo, o que permite um caminhar praticamente normal, dirigir veículos, entre outras atividades. Além disso, vale lembrar que a maioria dos pacientes que são candidatos à artrodese do tornozelo já não possuem movimentos normais, pois a dor e a rigidez articular são consequências da Osteoartrose.
Veja um video mostrando o movimento que é preservado após a artrodese isolada do tornozelo: https://www.youtube.com/watch?v=jZ70TqmjeX8
O tempo médio de recuperação após uma artrodese do tornozelo varia de 4 a 6 meses. O paciente permanece imobilizado, em geral< por período de 2 meses e a seguir, inicia sua reabilitação fisioterápica e readaptação do equilíbrio e modo de caminhar.
Assim, se você é um paciente que recebeu de algum ortopedista a indicação de uma artrodese do tornozelo, saiba que ela, muito provavelmente, vai melhorar a sua qualidade de vida, permitindo o retorno às atividades do dia a dia com menos dor e um caminhar melhor.
Fale com o Dr. André Donato: dr.andredonato@gmail.com
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Dicas de Tratamento Caseiro Para Esporão do Calcanhar

Aqui vão algumas dicas de tratamento que se pode tentar em casa e que podem aliviar, e até mesmo curar os sintomas do esporão do calcanhar (Fascite Plantar):
1. Evite calçados duros ou sandálias “rasteirinhas”, principalmente se for fazer caminhadas longas ou permanecer longo período em pé.
2. Evite permanecer longos períodos em pé
3. Interrompa atividades físicas de impacto para os pés, como a corrida ou caminhadas (até os sintomas melhorarem)
4. Utilize bolsa de gelo na região dolorosa em períodos de 20 minutos, pelo menos uma vez ao dia.
5. Para as mulheres, elevar discretamente os saltos dos sapatos é uma medida que alivia a pressão nos calcanhares
6. Realize exercícios de alongamentos para a fáscia plantar e para a panturrilha

Alongamentos para Fascite Plantar

Tente essas medidas por pelo menos quinze dias. Se não houver melhora, procure um ortopedista especialista em pé e tornozelo.
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