Arquivo em Março 13, 2019

Pseudoartrose do Quinto Metatarso

Antes de falar sobre o tema proposto no título, devemos explicar o que é Pseudoartrose. Embora o nome possa sugerir algo relacionado à doença Artrose, as duas patologias não estão diretamente relacionadas. Pseudoartrose é uma região de mobilidade anômala que se desenvolve dentro de um osso fraturado que não consolidou completamente após o tratamento da fratura. Trocando em miúdos: é o osso que quebrou e não grudou!

Na maioria dos casos, a mobilidade dentro do foco de pseudoartrose provoca dor. E quais são as causas de uma pseudoartrose?

Existem diversas causas. Algum ossos já possuem características anatômicas que podem favorecer o surgimento da pseudoartrose, como é o caso do osso escafoide da mão. Em outros casos, a pseudoartrose pode se desenvolver por falta de nutrição sanguínea adequada para a região da fratura, por falta de estabilidade ao osso quebrado durante o tratamento ou por causas inerentes à própria condição de saúde e hábitos do paciente, como o tabagismo por exemplo.

Agora que já sabemos o que é pseudoartrose, vamos falar dos casos onde ela acomete o quinto metatarso.

A pseudoartrose do quinto metatarso costuma acometer o osso em sua porção menos irrigada por vasos sanguíneos, ou também chamada de zona III do quinto metatarso. Muitas vezes acontece em pacientes que apresentam deformidades nos pés ou alterações graves no modo de pisar, o que acarreta a sobrecarga crônica da borda lateral do pé.

Pseudoartrose do Quinto Metatarso

Como a pseudoartrose é uma fratura que não grudou, não faz sentido tratá-la somente com imobilização. Na maioria dos casos, o osso precisa de algum estímulo externo para que o problema se resolva. Na modalidade de tratamento não cirúrgico, pode-se fazer o uso da Terapia por Ondas de Choque e aplicações de Ultrassom pulsado. Quando o tratamento cirúrgico se faz necessário o ortopedista deve realizar a fixação interna da fratura, que pode ser feita com placa ou parafusos e, de preferência, utilizar algum modo de estimulação biológica da fratura, como o uso de concentrado de aspirado de medula óssea, PRP (Plasma Rico em Plaquetas) ou enxerto ósseo.

Após cirurgia, o paciente pode iniciar o apoio do pé no chão ao caminhar após o período de 3 a 4 semanas e, se tudo correr bem, deverá estar recuperado para todas as atividades num período máximo de 90 dias.

Na dúvida, consulte um especialista

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Artrose do Tornozelo – Tratamento

O que é artrose?

Artrose, ou Osteoartrose, é um processo degenerativo (desgaste) do revestimento ósseo (cartilagem) dentro de uma articulação qualquer (joelho, tornozelo, quadril, punho, etc).

Quais as causas de artrose?

Existem alguns tipos diferentes de artrose. A artrose primária é aquela que ocorre pelo simples processo de envelhecimento da articulação. Existem fatores genéticos que podem fazer com que alguns indivíduos desenvolvam a artrose mais cedo do que outros. O outro tipo de artrose é o secundário, ou seja, surge como consequência de alguma agressão sofrida pela cartilagem. Essa agressão pode ser física, como por exemplo nos casos de fraturas, ou química, como nas doenças inflamatórias (Artrite Reumatóide, Lúpus, Psoríase, etc).

Quais são os sintomas de artrose?

O principal sintoma é a dor ao movimentar a região doente. A dor inicialmente ocorre com grandes esforços mas, com o progredir da doença, pode ocorrem mesmo com pequenos esforços. Em muitos casos, a dor vem acompanhada de rigidez articular progressiva, ou seja, a região vai perdendo movimentos com o passar do tempo. É comum  que pacientes com artrose grave relatem que a região fica mais endurecida ao acordar pela manhã. Esta é a chamada rigidez matinal. Após alguns movimentos, a articulação “aquece” e a rigidez diminui.

Artrose do tornozelo

Quando falamos especificamente da articulação do tornozelo, estamos falando de uma região onde a artrose não é tão comum quanto em outras regiões, como o joelho ou quadril. Isso ocorre pelo fato de a cartilagem que reveste o tornozelo apresentar uma resistência muito maior do que as demais. Assim, a artrose primária do tornozelo é relativamente rara. Normalmente, os pacientes desenvolvem artrose no tornozelo como consequência de fraturas, lesões ligamentares graves ou doenças inflamatórias (reumatismos). Apesar de menos frequente, a artrose de tornozelo é uma situação bastante incapacitante pois a dor costuma ser intensa e muito limitante para as atividades diárias.

Tornozelo normal
Tornozelo com artrose

Tratamento da artrose de tornozelo

No estágio inicial da doença, o tratamento consiste em identificar a causa da artrose e tentar intervir no intuito de evitar a progressão do desgaste. O tratamento pode ser feito por meio de medicação, fisioterapia, modificação de atividades físicas, uso de calçados especiais ou palmilhas, infiltrações de ácido hialurônico e, mais recentemente, aplicações de PRP. Se houver alguma deformidade articular passível de correção, optamos por tratamento cirúrgicos para corrigir a causa da artrose.  Nos estágios mais avançados da doença, apenas o tratamento cirúrgico estará indicado e as duas opções mais utilizadas são a artrodese do tornozelo ou a artroplastia.
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Cisto Sinovial – O que é e como tratar

Cistos Gangliônicos, Gânglions Císticos ou Cistos Sinoviais são nódulos não cancerosos que mais comumente se desenvolvem ao longo dos tendões ou articulações dos punhos e mãos. Entretanto, também podem ocorrer nos tornozelos e pés. Cistos ganglionares são pequenas bolsas preenchidas por fluido gelatinoso provenientes da bainha dos tendões ou cápsulas articulares.

Cisto no dorso do pé
Cisto no dorso do punho


A maioria dos cistos sinoviais não causam sintomas e só incomodam pela aparência. Esses pequenos tumores, em geral, têm origem espontânea, embora 20 a 30% dos pacientes relatem episódio de traumatismo prévio no local. Seu comportamento é imprevisível. Muito desaparecem espontaneamente, outros permanecem no local inalterados ou podem crescer de forma progressiva. Os mais volumosos podem se tornar dolorosos devido à compressão que exercem sobre as estruturas vizinhas (tendões ou nervos). Sua localização, por vezes, pode interferir com o movimento das articulações.
Se o cisto está causando problemas, o ortopedista pode sugerir uma punção com uma agulha, esvaziando seu conteúdo. Este é um procedimento que pode ser feito em consultório e muito pouco doloroso. A punção resolve o problema definitivamente em aproximadamente 50% dos casos. Para aqueles cistos sintomáticos que voltam a crescer após a punção ou para os casos onde a punção não é uma opção viável devido à localização do tumor, o tratamento cirúrgico é a melhor solução. O tempo médio de recuperação após a cirurgia é de aproximadamente 20 dias.
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Quando a torção de tornozelo evolui mal..

As torções de tornozelo estão entre as lesões mais frequentes nos atendimentos ortopédicos de urgência. Estima-se que 30% das pessoas que sofrem uma torção de tornozelo evoluem com problemas maiores nos meses que se seguem à lesão. Pensando nisso, pesquisadores britânicos estudaram um grupo de 682 pacientes atendidos em serviços de urgência do Reino Unido para tentar determinar quais os fatores relacionados ao paciente e ao entorse, poderiam sugerir maior chance de evoluir com problemas nos meses seguintes.

TORÇÃO DE TORNOZELO

Os resultados foram publicados recentemente no BMJ (British Medical Journal) e concluíram que: pacientes mais velhos, mais pesados, com dor mais intensa em repouso, dor intensa ao apoiar o pé após a torção, pacientes que demoram mais tempo para buscar atendimento médico e que ainda mantém dor importante 4 semanas após a torção, têm maior risco de evoluir com problemas. https://bmjopen.bmj.com/content/8/11/e022802

O estudo é importante para guiar a conduta inicial nos atendimentos de pronto socorro e fazer com que os profissionais envolvidos no atendimento deste grupo de pacientes entendam que estes merecem atenção especial. Muitas vezes, o acompanhamento de especialistas e um trabalho de reabilitação fisioterápica mais prolongado serão necessários.

Já abordei aqui no site, em outro texto, como tratar uma torção de tornozelo, quando é necessária e como é feito o tratamento cirúrgico das lesões nos ligamentos do tornozelo.

Na dúvida, consulte o especialista de sua confiança.

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ARTROSCOPIA DO TORNOZELO

O que é artroscopia?
A artroscopia é a técnica cirúrgica que permite o diagnóstico e o tratamento de lesões dentro das articulações por meio de mini aberturas na pele (portais artroscópicos), através das quais são introduzidas uma câmera de vídeo e instrumentais cirúrgicos.


Quais as vantagens da artroscopia?
A cirurgia artroscópica tem como maior vantagem, a menor agressão que causa aos tecidos que envolvem a região operada, proporcionando ao paciente um pós-operatório menos doloroso, com cicatrizes bem menores mais estéticas e muitas vezes, uma recuperação mais rápida.

Artroscopia do Tornozelo

A artroscopia se tornou popular nos tratamentos das lesões do joelho (meniscos e ligamentos). Mas, como em todas as outras áreas da ortopedia, teve suas indicações expandidas para as demais articulações do corpo. Hoje, embora menos conhecidas do que a artroscopia do joelho e do ombro, são realizadas também artroscopias do tornozelo, do punho, do cotovelo e até mesmo do hálux (dedão do pé).
Por exigir treinamento em Cirurgia do Pé e Tornozelo em centros de ortopedia que possuam um artroscópio (aparelho para a realização da artroscopia), não são todos os ortopedistas e nem mesmo todos os especialistas em pé e tornozelo que são treinados ou habilitados para realizar artroscopias no pé ou tornozelo.
Quais as indicações da artroscopia do tornozelo?
As principais indicações da artroscopia do tornozelo são: tratamento da lesão osteocondral do tálus, tratamento da síndrome do impacto anterior, remoção de corpos livres articulares, sinovectomias, etc.

O tempo de recuperção após uma artroscopia do tornozelo varia conforme a patologi a ser tratada. Em casos mais simples, como no impacto ósseo anterior ou posterior do tornozelo, o paciente pode apoiar o pé no chão, com auxílio de muletas, já o primeiro dia após a cirurgia.
Para maiores informações, consulte um especialista em pé e tornozelo.


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Pé Chato: o que é e como tratar

O que é Pé Chato?

Pé chato, ou pé plano, é o tipo de pé que não possui a curvatura interna quando pisa (apóia) no chão.
Preocupação de muitos ortopedistas no passado e de muitos pacientes ainda hoje, o pé plano já não é mais considerado uma doença ortopédica. É muito comum no consultório do ortopedista especialista em pé e tornozelo, queixas relativas ao pé chato (o nome correto é pé plano), principalmente vinda de pais preocupados com os filhos pequenos que ainda não apresentam a chamada “curva dos pés” ou arco plantar.

Pé Chato – Tratamento

Pé chato


A preocupação vem de uma cultura, criada pelos próprios ortopedistas durante muitos anos, de que os pés planos necessitem de tratamento precoce por meio do uso de palmilhas e botas ortopédicas ou calçados especiais. Muitos destes pais, zelosos por seus filhos pequenos, utilizaram durante a infância, as desconfortáveis e pouco estéticas “botas ortopédicas”. A maioria, por experiência própria, descobriu que após anos de uso de tais botas, os pés continuaram “chatos”. O que sabemos hoje em dia, após realização de estudos clínicos controlados, é que o pé plano é uma variante dos tipos de pés normais, estão determinados geneticamente e não são modificados por palmilhas ou botas. Sendo assim, não exigem tratamento durante a infância ou idade adulta, desde que não manifestem sintomas. Logo, o papel do ortopedista é desmistificar o tratamento e poupar os pacientes do uso desnecessário de botas ou palmilhas, o que evitará gastos desnecessários com artifícios que nenhum benefício trarão aos pés durante ou após completo o seu desenvolvimento. Entretanto, existem situações onde o pé plano passa a ser doloroso, rígido ou deformidade evolui, causando dificuldade para caminhar e realizar atividades físicas. Nessas situações,os pés precisam de uma avaliação mais cuidadosa. Os pés planos dolorosos podem surgir e decorrência de lesões de tendões, ligamentos, doenças degenerativas das articulações, diabetes, etc. Cabe ao ortopedista avaliar cada caso e decidir qual a opção de tratamento mais indicada. Para a maioria dos pacientes, o tratamento inicial pode ser feito por meio da fisioterapia e uso de palmilhas especiais. Em alguns casos, haverá necessidade do tratamento cirúrgico. A cirurgia visa melhorar o quadro doloroso e forma de apoio do pé ao solo. O tempo de recuperação após a cirurgia pode variar entre 3 e 6 meses, dependendo da gravidade da deformidade e do porte do procedimento.
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PÉ CAVO: O QUE É e COMO TRATAR

O que é pé cavo?

É possível dizer que o pé cavo é o oposto do pé plano ou seja, é o tipo de pé que possui um arco plantar (curva dos pés) mais elevado. Na prática, isso significa uma redução na área da planta dos pés que é utilizada para o apoio. Os pés cavos sofrem um aumento natural de pressão sob o calcanhar e os metatarsos (região da frente dos pés), o que muitas vezes leva ao surgimento de calosidades que podem ser volumosas e dolorosas.

Pé Cavo


É muito importante que, nos casos mais graves de pés cavos, sejam pesquisadas possíveis causas neurológicas para o desenvolvimento da deformidade, como a doença de Charcot-Marrie-Tooth. Nos casos onde não há causa neurológica para o surgimento do pé cavo, estes são chamados de pés cavos idiopáticos (sem causa aparente). Para estes pés, o tratamento consiste na adaptação dos calçados, uso de palmilhas e órteses corretivas ou de compensação e a fisioterapia. Quando estas medidas falham na tentativa de eliminar os sintomas, há a opção de tratamento cirúrgico.

Pé cavo – Tratamento

Ao abordarmos cirurgicamente o pé cavo, o que se busca é uma correção da anatomia do pé para que a pressão plantar seja distribuída de maneira mais uniforme, diminuindo as áreas de sobrecarga e consequentemente, as calosidades dolorosas. Para conseguirmos a correção desejada, utilizamos as cirurgias ósseas (osteotomias), ou seja, cortes feitos através dos ossos do pé, geralmente os metatarsos e o calcâneo. Em muitos casos de pés cavos, os pacientes são portadores de lesões associadas que podem ocorrer no pé ou no tornozelo e que devem, se possível, ser corrigidas na mesma cirurgia, como por exemplo: tendinopatia dos fibulares, lesões ligamentares do tornozelo, lesões osteocondrais do tálus, etc.
A recuperação pós operatória leva em média 3 meses, já levando em conta o período de fisioterapia que é necessária para a recuperação da força, do equilíbrio e principalmente para a adaptação à nova maneira de pisar no chão após a correção da deformidade dos pés.
Para maiores informações, consulte um ortopedista especializado em Cirurgia do Pé e Tornozelo.
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Lesões da Cartilagem do Tornozelo

Quando falamos em lesão de cartilagem, estamos colocando no mesmo grupo, lesões de características bem distintas. Sendo assim, devemos dar nome e sobrenome às lesões.
Apenas para relembrar, cartilagem é o tecido que reveste o osso dentro das articulações. Sua função é permitir o perfeito deslizamento entre as superfícies ósseas e distribuir adequadamente as pressões impostas à articulação durante o movimento. Assim como as células que compõem o sistema nervoso (os neurônios), as células da cartilagem (os condrócitos) possuem um baixo potencial de regeneração.

As lesões difusas da cartilagem articular, também chamadas de desgaste de cartilagem, caracterizam a doença conhecida como Artrose ou Osteoartrose. As lesões menores, que acometem apenas uma porção da superfície cartilaginosa de uma articulação, são chamadas de lesões osteocondrais.

Proporcionar ou propiciar a cura ou regeneração da cartilagem doente é o grande desafio da Ortopedia moderna. Existem hoje, diversas linhas de pesquisa em andamento e novidades promissoras estão à caminho.
O que existe hoje no Brasil?
Infelizmente, como em várias outras áreas, caminhamos a passos lentos na área de pesquisa e desenvolvimento de novos tratamentos e biotecnologia. Para o tratamento da Osteoartrose de tornozelo, são poucas as novidades disponíveis. Nos casos onde a lesão está em estágio inicial, uma avaliação cuidadosa do caso pode indicar a realização de procedimentos cirúrgico que visem estabilizar a evolução da doença e/ou melhorar os sintomas. Nos casos muito avançados onde há grande perda funcional e um grande prejuízo para as atividades diárias do paciente, as cirurgias de artrodese (fusão articular) e, mais recentemente, de artroplastia (prótese do tornozelo) são o caminho final do tratamento. Lembrando que a prótese de tornozelo, embora seja uma opção atrativa para a maioria dos pacientes devido ao fato de preservar parcialmente o movimento do tornozelo, não está indicada para paciente jovens ( o ideal é para pacientes acima dos 60 anos), muito ativos fisicamente ou obesos, entre outras contra-indicações.

Artrodese (fusão) do tornozelo
Prótese de Tornozelo

Quando falamos em lesão osteocondral, as opções disponíveis são a artroscopia simples com desbridamento da lesão e os enxertos osteocondrais. No tratamento de desbridamento, o objetivo é  retirada do tecido cartilaginoso doente e estimulação do osso local que era revestido por essa cartilagem para que haja crescimento de nova cartilagem. O problema é que essa “nova cartilagem” não é igual à original e, embora os pacientes possam melhorar os sintomas, a função completa da cartilagem nunca mais é recuperada e a lesão pode voltar no futuro. Nos casos de enxerto osteocondral, a cartilagem doente é retirada e no seu lugar é implantada uma nova cartilagem, que pode ser retirada do joelho do próprio paciente (se isso for viável) ou ser proveniente de banco de tecidos (cartilagem de doador morto).

Lesão osteocondral (seta preta). Enxerto osteocondral (seta vermelha)

O que há de novo no mundo?
As pesquisas caminham em várias direções. Os caminhos mais promissores são as pesquisas com células tronco mesenquimais e o transplante autólogo de condrócitos. O que se pretende com as células tronco e com o transplante autólogo é possibilitar a regeneração da cartilagem doente com as suas características originais.

Transplante Autólogo de Condrócitos. (fonte: https://www.semanticscholar.org)

Há promessas de que em breve, o trasplante autólogo de condrócitos esteja disponível em nosso meio. Os ortopedistas seguem na torcida para que este breve seja realmente breve. Enquanto isso, seguimos oferecendo aos pacientes as melhores alternativas possíveis para cada caso.
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TENDINOPATIA DO CALCÂNEO

A tendinopatia do tendão calcâneo (tendão de Aquiles) é uma doença bastante frequente no consultório do ortopedista especialista em pé e tornozelo. De maneira mais ampla, as tendinopatias do tendão calcâneo são divididas em dois grupos: as tendinopatias insercionais (na junção tendão-osso) e as tendinopatias do corpo do tendão.
Os sintomas são parecidos mas a região acometida é diferente. Na tendinopatia insercional, o paciente apresenta queixa de dor no calcanhar que, em muitos casos, vem acompanhada de um aumento de volume local que dificulta o uso de calçados fechados. Associado ao aumento de volume do tendão, pode surgir o chamado esporão insercional do Aquiles (ou entesófito insercional), uma calcificação que “cresce” dentro do tendão e faz com que o calcanhar aumente ainda mais de volume e se torne doloroso. Este tipo de tendinopatia é muito comum em atletas que praticam corrida. Com o crescimento do número de adeptos das corridas de rua, a queixa tem sido muito mais frequente nos atendimentos ortopédicos.

Ressonância Magnética da Tendinopatia Insercional

O segundo tipo é a tendinopatia do corpo do tendão. Nestes casos, o paciente sente dor atrás do tornozelo, na porção final da panturrilha. A palpação do local revela um espessamento do tendão que pode ser bastante doloroso.

Ressonância Magnética da Tendinopatia não-Insercional do Aquiles

O tratamento inicial consiste na restrição para as atividades físicas que sobrecarregam o tendão ou, em alguns casos, um período inicial de imobilização, associado ao uso de medicação anti-inflamatória. A seguir, o paciente é encaminhado para um programa de fisioterapia que pode durar de semanas a meses.
Outras opções de tratamento podem ser as sessões de Terapia por Ondas de Choque (explicada aqui no site em outro post) e a aplicação de Ácido de Hialurônico sobre o tendão doente.
Nos casos onde este tratamento não atinge o resultado esperado, o tratamento cirúrgico poderá ser indicado. Atualmente, existem diversas técnicas para a reconstrução do tendão doente (tenoplastias, desbridamentos e transposição de tendões).
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FRATURA DE JONES

Descrita pela primeira vez em 1902 por Sir Robert Jones, um cirurgião ortopédico britânico, a fratura que ocorre na transição entre a base e o terço médio do quinto metatarso foi batizada com o seu nome.

Fratura convencional da base do quinto metatarso
Fratura de Jones

A fratura de Jones geralmente ocorre por um mecanismo de torção quando o pé está apoiado sobre os dedos e com o calcanhar fora do chão. Ela afeta uma porção do osso metatarso que é mais pobre em circulação sanguínea, o que faz com que o tempo para sua cura seja maior do que nas fraturas habituais dos metatarsos.

A decisão sobre qual é a melhor opção de tratamento depende do tipo de paciente a ser tratado. Devido ao tempo mais prolongado de repouso e imobilização exigido na fratura de Jones, há tendência em optar-se pelo tratamento cirúrgico desde o início para os pacientes atletas. Naqueles que não são atletas e optam inicialmente pelo tratamento não cirúrgico, o uso de imobilização com gesso ou bota ortopédica pode chegar ao período de 90 dias. Durante o tratamento, meios auxiliares podem ser utilizados na tentativa de acelerar a cura. Um destes meios é a Terapia por Ondas de Choque (já discutida neste site em outro texto). Em alguns casos, mesmo após a imobilização e o tratamento bem conduzido, a fratura pode não grudar e exigir a realização da cirurgia.

A cirurgia consiste na fixação da fratura, que pode ser feita por meio de parafusos e/ou placas específicas para a região. Fica a critério do cirurgião o uso de enxerto ósseo ou outros elementos que possam estimular a cicatrização da fratura, como o aspirado de medula óssea.

Fratura de Jones tratada com parafuso

Após a cirurgia, o paciente já pode dar início à reabilitação fisioterápica e não precisará mais de qualquer tipo de imobilização. Se tudo correr bem, a volta sem restrições às atividades do dia a dia ocorre após 1 mês e a volta ao esporte de impacto após aproximadamente 90 dias.

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