Arquivo em Fevereiro 5, 2019

TORÇÃO DO TORNOZELO

A torção no tornozelo, ou entorse de tornozelo é uma das queixas mais frequentes no Pronto Socorro e no consultório do ortopedista especialista em cirurgia do pé e tornozelo. Na maioria dos casos, são decorrentes de acidentes do dia a dia como pisar num buraco, errar o degrau ao descer uma escada, escorregar em piso molhado, etc. Há também os casos decorrentes de trauma durante a prática esportiva.

Torção de tornozelo

Torção no tornozelo Tratamento

O tratamento inicial da torção no tornozelo deve ser a aplicação imediata de uma bolsa de gelo sobre o local por período de 20 minutos. A aplicação pode ser repetida a cada 2 horas nas primeiras 24 a 48 horas após a torção. O objetivo do gelo é evitar a formação de um grande inchaço e hematoma local, o que pode retardar a recuperação e piorar a dor. O recomendado a seguir é que o paciente procure atendimento médico assim que possível.
Nas torções mais graves, o paciente deve ser imobilizado por um período de duas a três semanas e reavaliado após este prazo. A linha de tratamento mais moderna e atual é a utilização de imobilizações feitas com órteses semi-rígidas e do chamado tratamento funcional, ou seja, o paciente é estimulado a começar o tratamento fisioterápico o mais breve possível, evitando assim uma grande perda de massa muscular e rigidez da articulação.

Lesão nos Ligamentos

Todo entorse no tornozelo acarretará algum grau de lesão nos ligamentos. O ligamento mais comumente lesado é o talo-fibular anterior. A extensão da lesão é avaliada clinicamente pelo ortopedista que, se julgar necessário, solicitará uma Ressonância Magnética do tornozelo.

Torção no Tornozelo Recuperação

Felizmente, na maioria dos casos onde o paciente recebe tratamento adequado desde o início, a evolução é bastante satisfatória e num prazo que varia de 60 a 90 dias, permite o retorno completo às atividades do dia a dia e prática esportiva.
Nos casos de lesão ligamentar extensa, alguns pacientes podem evoluir com instabilidade crônica, ou seja, passam a torcer o tornozelo frequentemente. Estes casos merecem atenção especial pois pode ser necessário o tratamento cirúrgico para evitar graves sequelas futuras, como a artrose do tornozelo.
A cirurgia consiste na reconstrução dos ligamentos lesados. A técnica mais usada atualmente é chamada de cirurgia de Brostrom. Esta técnica utiliza um tecido do próprio pé, chamado retináculo, pra reconstruir os ligamentos.
O procedimento é bastante simples, pouco doloroso e com excelentes resultados pós operatórios na maioria dos pacientes. O paciente utiliza imobilização por um período aproximado de 6 semanas, e já a partir da quarta semana de pós operatório inicia a reabilitação fisioterápica. Estará apto a caminhar sem imobilização a partir da 45 dias após a cirurgia e o retorno às atividades esportivas de impacto (futebol, por exemplo) é permitido após 3 meses.

Reconstrução LIgamentar pela técnica de Brostrom

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Para falar com o Dr. André Donato: dr.andredonato@gmail.com
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Impacto Femoroacetabular

O impacto femoroacetabular (IFA) é uma condição na qual o osso extra cresce ao longo de um ou ambos os ossos que formam a articulação do quadril – dando aos ossos uma forma irregular. Devido à falta de congruência entre eles, os ossos não se encaixam perfeitamente e sofrem atrito anormal um contra o outro durante o movimento. Com o tempo, esse atrito pode danificar a articulação, causando dor e limitando a atividade.

Cabeça do fêmur de aspecto normal
Cabeça do fêmur de aspecto normal
Cabeça do fêmur com sinal de impacto

Quais são os sintomas do Impacto do Quadril?

Os sintomas mais comuns do IFA são a dor e a perda progressiva da amplitude de movimento do quadril.
A dor geralmente ocorre na região da virilha, embora possa ocorrer em do lado externo do quadril e pode variar entre uma dor que surge após o esforço físico até episódios de fisgadas isoladas que se relacionam aos movimentos de rotação do quadril ou ao ato de agachar. Muito homens queixa-se de desconforto durante o ato sexual.

Quais as causas do Impacto do Quadril?

Os fatores causais do impacto ainda não estão completamente elucidados. Acredita-se que exista uma predisposição ao impacto que surge durante a fase de desenvolvimento do quadril na infância. Atletas de alto rendimento ou praticantes de alguns esportes específicos, como o ballet, podem manifestar sintomas de impacto numa fase mais precoce da vida. Entretanto, não há estudos que comprovem que a atividade física cause o impacto.

Tratamento do Impacto do Quadril


Tratamento não cirúrgico


Seu médico pode recomendar primeiro simplesmente mudar sua rotina diária e evitar atividades que causam sintomas. Medicamentos anti-inflamatórios podem ser úteis na fase inicial do tratamento mas, isoladamente, não são a solução do problema. A fisioterapia é sempre uma tentativa válida e os exercícios específicos podem melhorar a amplitude de movimento do quadril e fortalecer os músculos que sustentam a articulação. Isso pode aliviar um pouco o estresse na cartilagem lesionada, melhorando os sintomas.

Tratamento Cirúrgico

Quando o tratamento não cirúrgico falha e os sintomas são importantes a ponto de prejudicar a performance esportiva ou atrapalhar as atividades do dia a dia, a cirurgia está indicada. A maioria dos casos podem ser tratados com cirurgia artroscópica. Os procedimentos artroscópicos são feitos com pequenas incisões e instrumentos delicados. O cirurgião usa uma pequena câmera, chamada de artroscópio, para ver o interior do quadril.

Durante a artroscopia, o médico pode reparar ou limpar qualquer dano ao labrum acetabular e cartilagem articular. Realiza-se a correção das deformidades ósseas com uma raspagem na borda óssea do acetábulo e também na cabeça femoral.

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Fraturas do Tornozelo

O tornozelo é a articulação responsável por unir o pé à perna. É composto por 3 ossos: a tíbia, a fíbula e o tálus. Constitui uma região extremamente nobre pois suporte cargas extremas ao caminharmos ou praticarmos atividades físicas.

Anatomia do Tornozelo

O diagnóstico é feito por maio do exame clínico realizado pelo ortopedista e confirmado pelas radiografias. Em alguns casos, há necessidade de estudos complementares com tomografia computadorizada.

Fratura Bimaleolar do tornozelo

As fraturas do tornozelo podem ser decorrentes de torções sofridas nas atividades habituais do dia a dia ou originadas nos traumas do esporte. No passado, grande parte das fraturas do tornozelo foram tratadas apenas com imobilizações gessadas, por períodos que duravam até 6 meses. Porém , com a evolução do conhecimento a respeito da biomecânica e importância do reestabelecimento da anatomia original do tornozelo para minimizar as sequelas, a maioria das fraturas do tornozelo passaram a ser tratadas com cirurgia.

Apesar disso, muitas fraturas do tornozelo ainda representam fonte de sequelas graves para os pacientes e isso se deve a dois fatores: a gravidade da fratura e experiência do cirurgião ortopedista.

A cirurgia consiste em re-estabelecer a posição dos ossos à sua forma original (sempre que possível) e fixá-los com o uso de placas e parafusos. Existem várias opções de implantes cirúrgicos disponíveis no mercado e o cirurgião deve fazer a escolha (sempre que possível) do material mais adequado para cada caso.

Fratura Bimaleolar fixada com placa e parafusos

Após a cirurgia, muitos pacientes já podem iniciar o trabalho de reabilitação precocemente, podendo caminhar com uso de muletas e começar os exercícios de fisioterapia. Pacientes jovens, em idade produtiva, sem outras doenças graves e os atletas, devem optar pelo tratamento cirúrgico. A reabilitação precoce pode ter que esperar um pouco mais em casos específicos como nos pacientes com diabéticos, osteoporose grave e outras situações que prejudiquem a estabilidade óssea após a fixação cirúrgica.

Em média, o tempo de recuperação completa é de aproximadamente 90 dias, podendo se estender a até 6 meses para casos mais complicados.

Reabilitação pós fratura do tornozelo

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Cirurgia dos Ligamentos do Tornozelo

A lesão dos ligamentos do tornozelo está entre as lesões mais comuns da Ortopedia e Medicina Esportiva. Quase todos nós, em algum momento da vida, já sofremos torções no pé e/ou tornozelo. É lógico que estas torções podem ter sido simples e sem maiores repercussões ou podem ter sido entorses graves, que necessitaram de atendimento médico, imobilização ou outro tipo de tratamento.
O que maioria das pessoas não sabe é que as torções do tornozelo sempre acarretam algum grau de lesão nos ligamentos. Essa lesão pode variar entre um simples estiramento até a ruptura total.
Felizmente, a maioria das lesões ligamentares do tornozelo são tratadas de maneira conservadora, ou seja, sem cirurgia. A anatomia óssea do tornozelo favorece a estabilidade mecânica local, e os ligamentos tendem a cicatrizar sem deixar sequelas. Acontece que, em aproximadamente 10% dos casos de entorses, o paciente permanecerá com alguma sequela, mesmo que tenha sido tratado adequadamente. Este grupo de pacientes pode manifestar dor constante, inchaço no tornozelo e/ou pé e instabilidade, ou seja, perdem a confiança no tornozelo para atividades físicas ou esforços comuns do dia a dia e podem sofrer novas torções com frequência. Nesta situação, o tratamento cirúrgico estará indicado.

A cirurgia consiste na reconstrução dos ligamentos lesados. A técnica mais usada atualmente é chamada de cirurgia de Brostrom. Esta técnica utiliza um tecido do próprio pé, chamado retináculo, pra reconstruir os ligamentos.
O procedimento é bastante simples, pouco doloroso e com excelentes resultados pós operatórios na maioria dos pacientes. Utiliza-se uma imobilização por um período aproximado de 6 semanas, e já a partir da quarta semana de pós operatório tem início a reabilitação fisioterápica. O paciente estará apto a caminhar sem imobilização a partir da 45 dias após a cirurgia e o retorno às atividades esportivas de impacto (futebol, por exemplo) é permitido após 3 meses.
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