Etiqueta em CIRURGIA PARA FRATURA DE METATARSO

Fratura dos Metatarsos – Tratamento

Para entendermos melhor a fratura de metatarso, inciamos com uma breve descrição da anatomia destes ossos. Os metatarsos, ou ossos metatarsianos, são as estruturas ósseas da parte da frente dos pés (antepés), que se articulam com os dedos. As fraturas que afetam esta região do pé merecem atenção especial pois, quando não diagnosticas e tratadas de maneira adequada, podem acarretar sequelas incapacitantes e de difícil solução.

Possuímos cinco metatarsos em cada pé (exceto os casos de deformidades congênitas). O primeiro metatarso é o mais forte de todos, sendo responsável por absorver grande parte da carga imposta aos pés no momento em que caminhamos ou ficamos em pé. Os demais metatarsos têm espessura semelhante e diferem um pouco quanto ao seu comprimento. As fraturas dos metatarsos podem ser consequência de traumas diretos no antepé, torções ou podem ocorrer devido à sobrecarga durante o caminhar ou nas atividades físicas de maior impacto, sendo estas classificadas como fraturas por estresse.

Primeiro, segundo e terceiro metatarsos marcados pelas setas
Fratura na base do quinto metatarso


O tratamento das fraturas de metatarso é geralmente feito por e meio de imobilização em bota de gesso ou botas imobilizadoras do tipo robofoot, por um  período de 6 a 8 semanas. As fraturas traumáticas que provoquem desalinhamento grande do osso devem ser avaliadas cuidadosamente quanto à necessidade de tratamento cirúrgico.

Fraturas de metatarso tratadas com placas e parafusos


Merecem atenção especial as fraturas por estresse. O ortopedista deve sempre tentar entender o que levou à fratura (excesso de atividades, calçado inadequado, doenças metabólicas que diminuem a massa óssea como por exemplo, a Osteoporose, etc) e tratar também o fator causal.

Quando tratadas com cirurgia, as fraturas de metatarso também se resolvem em período médio de 6 a 8 semanas. A reabilitação completa para atividades físicas ocorre em aproximadamente 90 dias.


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Para falar com o Dr. André Donato: dr.andredonato@gmail.com

Pseudoartrose do Quinto Metatarso

Antes de falar sobre o tema proposto no título, devemos explicar o que é Pseudoartrose. Embora o nome possa sugerir algo relacionado à doença Artrose, as duas patologias não estão diretamente relacionadas. Pseudoartrose é uma região de mobilidade anômala que se desenvolve dentro de um osso fraturado que não consolidou completamente após o tratamento da fratura. Trocando em miúdos: é o osso que quebrou e não grudou!

Na maioria dos casos, a mobilidade dentro do foco de pseudoartrose provoca dor. E quais são as causas de uma pseudoartrose?

Existem diversas causas. Algum ossos já possuem características anatômicas que podem favorecer o surgimento da pseudoartrose, como é o caso do osso escafoide da mão. Em outros casos, a pseudoartrose pode se desenvolver por falta de nutrição sanguínea adequada para a região da fratura, por falta de estabilidade ao osso quebrado durante o tratamento ou por causas inerentes à própria condição de saúde e hábitos do paciente, como o tabagismo por exemplo.

Agora que já sabemos o que é pseudoartrose, vamos falar dos casos onde ela acomete o quinto metatarso.

A pseudoartrose do quinto metatarso costuma acometer o osso em sua porção menos irrigada por vasos sanguíneos, ou também chamada de zona III do quinto metatarso. Muitas vezes acontece em pacientes que apresentam deformidades nos pés ou alterações graves no modo de pisar, o que acarreta a sobrecarga crônica da borda lateral do pé.

Pseudoartrose do Quinto Metatarso

Como a pseudoartrose é uma fratura que não grudou, não faz sentido tratá-la somente com imobilização. Na maioria dos casos, o osso precisa de algum estímulo externo para que o problema se resolva. Na modalidade de tratamento não cirúrgico, pode-se fazer o uso da Terapia por Ondas de Choque e aplicações de Ultrassom pulsado. Quando o tratamento cirúrgico se faz necessário o ortopedista deve realizar a fixação interna da fratura, que pode ser feita com placa ou parafusos e, de preferência, utilizar algum modo de estimulação biológica da fratura, como o uso de concentrado de aspirado de medula óssea, PRP (Plasma Rico em Plaquetas) ou enxerto ósseo.

Após cirurgia, o paciente pode iniciar o apoio do pé no chão ao caminhar após o período de 3 a 4 semanas e, se tudo correr bem, deverá estar recuperado para todas as atividades num período máximo de 90 dias.

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